A Feira Medieval onde participei como Quiromante correu muito bem. Tive imensos clientes embora não fosse conhecida. Foi uma experiência muito positiva e também importante no ponto de vista humano. Porque fazer consultas de forma lúdica a amigos é muito diferente de quando as fazemos a pessoas que vêm ter connosco com muitos problemas de vida. A responsabilidade é muito maior e temos de ter imensa vocação para lidar com pessoas e gostar de pessoas, porque é um trabalho difícil.
Entre tanta gente que entra e sai num tão curto espaço de tempo em que decorre a feira, nem sempre é fácil fixar uma cara. E eu tive um cliente que foi consultar-me duas vezes: uma no inicio da feira e outra no fim.
Na última consulta perguntou-me "não se lembra de mim?"
E eu fui sincera e disse que não. Nem sempre as pessoas ficam muito contentes com isso. Mas é compreensível. E ele disse que já lá tinha ido antes e voltou a ir, porque queria ver se eu mantinha o que tinha dito na primeira leitura. E ele ficou surpreendido - eu fiz exactamente a mesma leitura. Contudo, disse que não seria por isso que passaria a acreditar na Quiromancia, uma vez que era uma pessoa muito céptica, mas que tinha ficado realmente impressionado "ao menos é consistente!". A vida tem coisas destas. O importante é sermos fieis a nós próprios e sinceros connosco e com o Mundo.
